Synthara-Alpha-23: o equilíbrio entre o reflexivo e o impulsivo da minha experiência como adolescente

     Imagine que você está flutuando no vasto espaço cósmico, imóvel, contemplando toda a magnitude ao seu redor. Fiquei profundamente inspirado pelas sondas espaciais que, por meio de experimentos astronômicos, podemos captar emissões de rádio e convertê-las em ondas sonoras, nos permitindo ouvir o que seria os "sons" dos planetas. Claro que, na realidade, esses "sons" do espaço próximo a planetas não são exatamente melodiosos ou harmoniosos. Geralmente, são uma cacofonia estranha, repleta de interferências.

    Enquanto ouvia Aphex Twin, que para mim representa a quintessência da música eletrônica experimental, mais especificamente o gênero Intelligent Dance Music (IDM), fiquei em estado de êxtase e imediatamente me senti impelido a produzir algo que evocasse a mesma sensação que estava experimentando, mas ao mesmo tempo transmitisse a sensação de algo extraterrestre, aliado a uma boa dose de melodia.

    Quanto ao título da música, pensei nos nomes de planetas, asteroides e galáxias que a NASA frequentemente descobre ao longo do tempo. São sempre nomes distintos, acompanhados de um número, geralmente correspondente ao ano da descoberta. Synthara deriva de sintetizadores, que são marcas registradas na música eletrônica. Quanto a Alpha, suponho que tenha surgido devido à associação com o contexto astronômico e futurista. E o 23 é uma referência ao ano de lançamento da música, 2023.

    Atualmente, estou imerso em um projeto de álbum e percebo essa música como uma introdução a uma nova fase, marcando uma passagem de tempo. Aquela bateria distorcida por um som estourado representa um equilíbrio entre o reflexivo e o impulsivo da minha experiência como adolescente, no qual exploro neste álbum.

Escute synthara-alpha-23 no YouTube e no BandLab:


Comentários

Postagens mais visitadas